quarta-feira, 25 de maio de 2016

Quais conteúdos têm sido trabalhados nos últimos 10 anos na Educação Física escolar brasileira? Como esses conteúdos influenciam na dinâmica do currículo vivido pelo professor de Educação Física?

Nos últimos anos, a Educação Física vem passando por transformações quanto à seleção dos conteúdos no âmbito escolar, visando o desenvolvimento e à socialização adequada do aluno. Algumas leituras, como “Coletivo de autores (1992)”, nos mostra como a Educação Física, ao longo dos séculos vêm passando por diversas transformações com relação ao seu enfoque. Dentre as que mais se destacaram é a higienista e a militarista. Com o passar dos anos, observamos um enfoque mais humano em seu conteúdo. A influência na dinâmica vivida pelo professor é muito maior que um século atrás, pois o ciclo dos conteúdos têm sido maior, fato que demanda uma maior preparação do professor e um estudo mais contínuo. A Educação física atual no Brasil tem buscado o desenvolvimento humano, a socialização, a interação entre pessoas, o respeito às diferenças, sejam elas raciais, sociais, religiosas, sexuais etc., sem esquecer-se de conteúdos relacionado às práticas corporais. Buscando ainda incentivar uma análise crítica do cotidiano em que o aluno está inserido, onde ele não busque apenas a aceitar o que lhe é proposto, mas sim questionar e porque não formular sua própria opinião, abandonando aqueles conteúdos de tempos não muito remotos, que incentivavam apenas a dicas de saúde e asseio pessoal, ou a alto desempenho esportivo, por exemplo.



REFERÊNCIAS

BRACHT, Valter. A Educação Física no Ensino Fundamental. In: Seminário Nacional: Currículo em Movimento, 1. 2010. Belo Horizonte.

DARIDO, Suraya. Os conteúdos da Educação Física escolar: influências, tendências, dificuldades e possibilidades. 2001. 26 f. Artigo. UNESP, Rio Claro.

PEREIRA, Maria Goretti. A motivação de adolescentes para a prática da Educação Física: Uma análise comparativa de instituição pública e privada. 2006. 111 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2006

SILVA, Júnior Vagner; SAMPAIO, Tânia. Os conteúdos da aulas de educação física do ensino fundamental: o que mostram os estudos? R. bras. Ci. e Mov 2012;20(2):106-118.

sábado, 14 de maio de 2016

Teoria Crítico-Emancipatória de Elenor Kunz

Esta abordagem é caracterizada e idealizada por Kunz (1994) que ao descrever esta adverte que deve ser necessariamente acompanhada de uma didática comunicativa, pois ela deverá fundamentar a função do esclarecimento e da prevalência racional de todo agir educacional [...] O aluno enquanto sujeito do processo de ensino deve ser capacitado para sua participação na vida social, cultural e esportiva, o que significa a aquisição de uma capacidade de ação funcional, mas também de reconhecer e problematizar sentidos e significados nesta vida, através da reflexão critica [...] Maioridade ou Emancipação devem ser colocadas como tarefa fundamenta da educação (p..29-31). Para que o aluno deixe  o estado de menor idade inicial, Kunz (1994) alerta, que é preciso que o aluno sofra um tipo de coerção do professor, ou seja, em certos momentos dificultar as ações do aluno, para que o mesmo sinta-se não-esclarecido e com isso se desperte do estado de menoridade inicial, e assim busque uma condição emancipada.
Na abordagem crítico-emancipatória são vistas três competências nas quais se deve trabalhar com o aluno a objetiva, social e comunicativa. A competência objetiva diz respeito ao que o aluno deverá receber entre conhecimentos e informações, também esta competência mostra que o aluno precisa treinar destrezas e diferentes técnicas que sejam racionais e eficientes, e que precisa aprender estratégias para ter suas ações feitas com competência. Já na competência social o aluno deverá compreender as diferentes relações que o homem tem em uma sociedade, como relações histórias, culturais, sociais, também deve entender os problemas que o norteiam e as contradições das relações que habitam ao seu redor. Por fim esta competência trata de estabelecer conhecimentos que o aluno ira utilizar em sua vida em comunidade. Enquanto a competência comunicativa é importante salientar que o ser humano utiliza a linguagem verbal, porém ela é apenas umas das linguagens que podem ser usadas. O movimento se exprime em forma de linguagem, a criança, por exemplo, se manifesta e se comunica através de seus movimentos, pois sabemos que sua capacidade de se expressar corporalmente é indiscutível.




Referências bibliograficas
KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 1/Org.. —3.ed.—Ijuí: Ed. Unijuí, 2003—160p.:il.—(coleção educação física).
Transformação didático-pedagógica do esporte. 5.ed.- Ijuí: Ed. Unijuí, 2003.

 


sexta-feira, 6 de maio de 2016

LUTAS - Plano de aula a partir da abordagem crítico emancipatória

O presente link, trata-se de um plano de aula criado e desenvolvido pelo professor Leonardo Liziero, da escola Municipal Padre Thomaz Ghirardelli de Campo Grande - MS, a partir da abordagem crítico emancipatória, tendo como tema central: LUTAS.
É um planejamento mensal, com 12 aulas propostas que vão desde a preparação com atividades de iniciação de lutas a um torneio entre os alunos no final, com objetivos de:

  • Explorar as possibilidades de combinações de movimentos corporais;
  • Vivenciar movimentos e situações específicas para a prática de lutas;
  • Perceber o outro e suas diferenças;
  • Demonstrar atitudes solidárias, de cooperação, respeito às regras, resolução de conflitos, autonomia e emancipação;
  • Expressar ideias e opiniões frente aos problemas surgidos no decorrer das atividades;

Esse planejamento é um conteúdo muito importante para o ensino de Educação Física, pois agrega elementos como equilíbrio, força, cultura, trabalho em equipe, agilidade, e muitas outras coisas que podem ser ensinados aos alunos dentro dessa modalidade esportiva, que é a luta.
Para trabalhar com esse assunto, o professor não precisa ser um atleta que saiba lutar sumô, por exemplo. O essencial é estudar o assunto e se dedicar para que as informações apresentadas sejam compreendidas pela turma com clareza. 

Gostou da ideia? Então, boa aula!