quinta-feira, 28 de abril de 2016

"A capoeira a partir da abordagem crítico-emancipatória: vivenciando e praticando"

O artigo aborda a necessidade de um ensino voltado ao âmbito social e político, ou seja, na construção social do indivíduo e de que maneira a Educação Física pode potencializar esse aprendizado. Utilizando-se da capoeira para que os estudantes possam compreender diferenças sociais, étnicas, religiosas. Devido ao fato de a capoeira incorporar a diversidade da cultura brasileira, sendo um meio de integração social e de maneira a resgar a cultura brasileira.

A importância da Educação Física escolar vem do fato dela formar a identidade do aluno, sendo onde muitos veem nela o exemplo de cidadania. “[...] a abordagem crítico-emancipatória é uma abordagem utilizada na Educação Física, esta se exprime em um processo de libertação do aluno de condições que possam limitá-lo ao uso da razão crítica.” (SEARA, 2010). Ou seja, o papel da Educação Física escolar é fundamental para a formação do aluno, sobretudo nas séries iniciais, que é o momento que ele “[...] começa a ter mais noção de suas atitudes e também tem uma melhor compreensão de questões sociais e de vida cotidiana [...]”(SEARA, 2010).

A abordagem crítico-emancipatória é utilizada na Educação Física , com o objetivo de levar ao aluno a se libertar de fatos que possam ater o uso da razão crítica. Nesta abordagem, existem três competências nas quais o professor deve trabalhar com o aluno:
  • Objetiva: “[...] diz respeito ao que o aluno deverá receber entre conhecimentos e informações, também esta competência mostra que o aluno precisa treinar destrezas e diferentes técnicas que sejam racionais e eficientes, e que precisa aprender estratégias para ter suas ações feitas com competência.” (SEARA, 2010)
  • ·    Social: “[...] o aluno deverá compreender as diferentes relações que o homem tem em uma sociedade, como relações histórias, culturais, sociais, também deve entender os problemas que o norteiam e as contradições das relações que habitam ao seu redor. Por fim esta competência trata de estabelecer conhecimentos que o aluno ira utilizar em sua vida em comunidade.” (SEARA, 2010).
  • ·  Comunicativa: “[...] é importante salientar que o ser humano utiliza a linguagem verbal, porém ela é apenas umas das linguagens que podem ser usadas. O movimento se exprime em forma de linguagem, a criança, por exemplo, se manifesta e se comunica através de seus movimentos, pois sabemos que sua capacidade de se expressar corporalmente é indiscutível.” (SEARA, 2010).

Esta última, de suma importância, dada a necessidade de reflexão que há nesse processo, pois o ato de se comunicar engloba saber se expressar e saber compreender. Esse processo soltar-se a ação de um pensamento-crítico.


Apesar de pouco tradicional, o ensino da Capoeira nas aulas de educação física, se mostra muito interessante pelos diversos aspectos que ela engloba, como o resgate histórico-cultural brasileiro, bem como sua utilização para a compreensão do mundo atual e o seu uso no método crítico-emancipatório. Aulas que fogem aos padrões, com atividades inovadoras e prazerosas se tornam mais viáveis e com uma recepção mais amigável dos alunos.
Este texto, é um breve resumo do artigo "A capoeira a partir da abordagem crítico-emancipatória: vivenciando e praticando", escrito pelo professor Eliton Clayton Rufino Seara.


Que pode ser encontrado na íntegra, no link: 

Modelo de atividade em aula "Jogo da velha no basquete"

No livro Transformação Didático Pedagógica no Esporte, Kunz fala da importância de trabalhar com "arranjos materiais" nas atividades esportistas, "para propiciar melhor compreensão do sentido dos esportes tradicionais e auxiliar na busca e no desenvolvimento de novos sentidos sem perder os esportes em atratividade." (pág. 127)

O vídeo abaixo, é um modelo de atividade adaptada que pode ser trabalhada na aula de educação física no ensino do basquete. Para fazer a brincadeira, basta a criança saber como joga o jogo da velha, que pode ser adaptado de várias formas, como por exemplo, ao invés de utilizar o X e O do jogo da velha tradicional, pode-se utilizar bolas de handebol e de vôlei para diferenciar. No restante da atividade, o professor, pode adaptar de acordo com aquilo que ele deseja trabalhar no basquete, arremesso, drible, passe... transformando assim, didático pedagogicamente o esporte.

"É isso que torna o esporte tão atrativo e que deve permanecer no ensino dos esportes. Assim, também é possibilitado a todo aluno o acesso as modalidades esportistas tradicionais." (pág. 128)


Vídeo: Sergio Ferreira

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Pedagogia Crítico Emancipatória

A abordagem crítico-emancipatória é uma teoria discutida na disciplina de metodologia da Educação Física, baseada no livro Transformação Didático-Pedagógica do Esporte (1994), tendo como idealizador Elenor Kunz
Os conteúdos objetivados por essa tendência são expor o esporte para o aluno na educação física escolar incluindo conteúdos de caráter teórico-prático, de modo a permitir aos alunos organizarem suas práticas acerca de sua realidade social, ou seja, educando para a vida, para o esporte, para a sociedade, isso tudo de uma forma que ele não altere seu conteúdo e compreenda seu real significado do movimento específico de cada modalidade esportiva, assumindo portanto um interesse crítico-emancipatário, sempre abrangendo as dimensões do saber-saber, saber-fazer, saber-ser.
Ao contrário do que se pensa, as aulas não deve tratar o esporte como espetáculos. Os conteúdos devem ser sistematizados proporcionando uma compreensão crítica das diferentes formas de ensinação esportista, os seus interesses, os seus problemas, vinculando tudo isso ao contexto sócio-político do aluno, pois só assim, acredita-se que pode emancipar o sujeito.
A abordagem crítica emancipatória, possui três etapas no processo pedagógico, sendo a primeira delas a encenação, onde se explora as possibilidades e propriedades dos recursos didáticos, bem como também, possibilita ao aluno em descobrir estratégias diferentes para realizar as ações, possibilitando utilizar de suas vivencias sócio-emocionais para a interpretação da atividade sugerida, ou seja, nos permite fazer adaptações as aulas propostas. A segunda etapa é a problematização, que é a discussão acerca dos diversos resultados obtidos através da encenação. Por fim, temos a ampliação, que faz um levantamento das dificuldades verificadas nas ações executadas e uma construção acerca da discussão de outras possibilidades para realizá-las. Com essas estratégias, pretende construir um aluno crítico que consegue entender os objetivos propostos fazendo uma auto-avaliação, onde utiliza os conhecimentos adquiridos durante sua vida social na ajuda em soluções mais eficientes na realização da tarefa sugerida.
As vantagens dessa abordagem, é que ela utiliza o esporte como objeto de ensino, buscando sempre alcançar desenvolvimento de competências como a autonomia, a competência social e a competência objetiva. Também, se faz  o uso de materiais alternativos como forma de adaptar as aulas. Como desvantagens, podemos citar que as aulas trabalha apenas o esporte como conteúdos, privando os alunos da parte técnica desses conteúdos trabalhados nas aulas.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lkKQjRcR3zg




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